O Blog do Coiso

Inexplicável. Uma boa palavra para caracterizar os exercícios de MACS (Matemática Aplicada a Carolas Suicidas).

domingo, fevereiro 18, 2007

Uma homenagem

O Rulles anda muito presente. Começa a ser imprescindível. Eu corto-me a desfiar o frango e penso "tenho que contar isto ao Rulles". Eu vejo televisão e penso "tenho que perguntar ao Rulles se também está a ver". No fundo ando sempre à procura de algo hilariante pra fazê-lo rir e pra rir com ele... porque eu adoro rir com o Rulles. É mesmo daquelas pessoas com quem dá para rir, para sorrir, para chorar... Vá, digamos que é um multi-usos. Tipo canivete suíço, mas melhor. Dá conselhos, recebe-os... é um amigo muito presente. Está a candidatar-se ao lugar do gajo mais presente sei lá... do grupo, vá - para não dizer do espaço, porque o espaço é tão vasto...
É fantástico chamá-lo de parvo, é fantástico quando ele me chama de estúpida, é perfeito quando me risca e depois diz "pronto, já chega"... e descubro-lhe sempre, nessas alturas, os dedos cruzados. É interessante ficarmos um dia inteiro a conversar e passarmos por todos os assuntos, e podermos mesmo passar por todos os assuntos. É maravilhoso como ele preenche o meu tempo de risos, sorrisos e lágrimas de preocupação. Porque eu preocupo-me com ele como se ele fosse o meu irmão mais novo. Só não lhe dou a comida à boca. E também não lhe mudo as fraldas. Acho que ele já não usa fraldas. Mas quando estou a aconselhá-lo sinto tanta vontade de o proteger, de o abraçar no nosso abraço e lhe dizer eu estou aqui e não estás sozinho.
Adoro aquela costela deslocada e aquele riso incessante de criança que todos somos. E quando choramos a rir, juntos. E quando curamos a azia um do outro e fazemos palhaçadas no café do senhor Álvaro. E gosto de como me preocupo quando ele vai para a chuva sem casaco. E gosto de conversar com ele sobre gajas e adoro quando ele me ensina como ser um homem que não sou fisicamente mas quase sou na maneira de pensar. E gosto mesmo de andar no meio da rua com um rapaz da mesma altura que eu, com uma costela deslocada e que tem a mania que se balda às aulas. E gosto mesmo de ser expulsa da aula com ele e de ficarmos quinze minutos a maldizer a maldita professora. Adoro falar mal de bazoffs e adoro que ele goze comigo por ser tão parvinha.
E acho piada ao facto de ainda não ter percebido se este raio de alcunha que um dia comecei a usar para chamá-lo se escreve com Z ou com S.

E gosto mesmo do Rulles.
Amigo irmão.
Não quero perder aquilo que és.
Não quero que percas aquilo que somos.


]Não, não é só. Mas quando trouxer a conta, faça-me um favorzinho: meta a porra de um sorriso naquela cara linda do Rulles. Ele precisa.[

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